-Maçãs cortadas e descascadas pela sua mãe, servidas com gelo num potinho do Simba que te lembra da sua infância;
-Deitar na grama e tomar sol o dia todo enquanto o vento sopra, ficando mais preta a cada segundo sem nem sentir;
-Enfiar o dedinho na piscina pra testar a temperatura e sentir um frio do caramba e rir e gritar e ser empurrada pra dentro e ficar mais resfriada ainda;
-Sentir o peso de certo alguém em cima de mim e instintivamente saber exatamente o que fazer e onde tocar e sentir a maior paz (e prazer) do mundo ao fazê-lo... E antes que eu me empolgue demais, lembrar que eu estou falando do meu violão;
-Me irritar num almoço de família (só porque eu posso) e orgulhosamente assumir meu papel de ovelha-negra sob disfarce... e mesmo assim sair de lá me sentindo no topo do mundo just because I belong somewhere;
-Me sentir inspirada e precisar escrever (juro que achei, essa semana, que nunca mais ia me sentir desse jeito), o que me lembra da simples e crua pergunta que inesperadamente me fizeram na época dos College Apps/Vestibular: "escrever te dá tesão? é quase uma necessidade?? você não consegue viver sem isso???". O mais legal é que o cara que me perguntou nunca pareceu ser o tipo profundo e poético, só "o" bonitão perfeito que tem todas as meninas (yours truly sort of included) à seus pés;
-Dar uma volta a pé no quarteirão de casa sem ter que me preocupar com ladrões e cocôs - afinal de contas, é domingo!
*
Sunday, September 27, 2009
Saturday, September 26, 2009
Segunda Tentativa (de botar ordem no mundo)
Sim, esse é meu segundo post hoje. E estou escrevendo em português (btw, nunca sei se é com letra maiúscula ou não) pra desenferrujar e pra surtar de maneira diferente - acho que o post anterior já fez isso muito bem. Então aqui vão meus pensamentos, de novo em forma de lista porque pelo menos uma coisa tem que fazer sentido lógico (e eu sei que todo o resto não vai fazer):
Pensamento 1: sim, todos nós temos o direito de ficar irritados. Passei a tarde discutindo possíveis "outlets" (viu, não consigo de maneira alguma pensar em uma só língua! juro que não é síndrome de burguesinha, como todo mundo fala) com minha melhor amiga e percebemos várias coisas. Primeiro, que ela reage da maneira certa e paciente e nobre e eu da maneira errada e impaciente e ferrada - mas mesmo assim sempre nos encontramos no fim da linha, do mesmo jeito, com as mesmas vontades e no mesmo barco. Segundo, que todas nós só pensamos em uma coisa (and I'll leave that to your imagination, thank/fuck you very much). Terceiro, que ela é outra "pessoa a distância" pra mim - vai dizer, isso é maldição, karma ruim, ou pura e simplesmente uma merda?? Bom, percebemos outras coisas também, mas estas não vem ao caso agora.
Pensamento 2: quando não existe opção ou esperança, esperar não é tão fácil não. Nem nobre. E nem vale a pena, eu suponho. Digo "suponho" porque o que eu tenho feito, mesmo sem entender, é esperar. E não entendo mesmo. O pior disso tudo é que minha curiosidade, que sempre mandou em mim, quer entender. E pra entender é preciso parar de esperar e se jogar de cabeça. Mesmo estando a um milímetro desse salto, não pulo - e não sei porque não. Mas quero saber, e o ciclo recomeça. Maldita curiosidade.
Pensamento 3: quero falar tudo na lata porque é assim que penso e todo o resto me irrita. Quero que me falem tudo na lata também porque só assim vou começar a dizer o que penso, o que faço, o que fiz e o que farei. Não posso ser a única pessoa falando tudo como tudo é. Quer dizer, poder eu posso, mas não tenho... a coragem. Ainda, né. Porque, pensando bem, mudei bastante. Até insultei um certo Mr. Shrimp ontem - completamente sóbria - just for the sake of the truth and my honor. E outra coisa - quero conversas cara a cara, não mensagens de texto e posts e scraps e toda essa bagunça confusa que "revolucionou o mundo". Entendo quando um certo alguém me convida pra uma conversa de vídeo (mesmo que na hora nego, pensando em mil e uma obscenidades (?)). Não entendo quando outro certo alguém me manda à procura de seus sentimentos através dos pensamentos de sua amiga. Voltando pro começo desse Pensamento, quero as coisas na lata mesmo! Não suporto esses joguinhos mesmo que participo deles! Lfasjdfk.
Acho que estou 1) ficando maluca, 2) de TPM, 3) em crise de abstinência e 4) precisando sair. Não é nenhum segredo que tenho sede e fome e vício de viver. O mundo é tão mais bonito desse jeito! Millie would agree that the only thing that drives us all is the call of the demented night, waiting to twist up your soul.
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Pensamento 1: sim, todos nós temos o direito de ficar irritados. Passei a tarde discutindo possíveis "outlets" (viu, não consigo de maneira alguma pensar em uma só língua! juro que não é síndrome de burguesinha, como todo mundo fala) com minha melhor amiga e percebemos várias coisas. Primeiro, que ela reage da maneira certa e paciente e nobre e eu da maneira errada e impaciente e ferrada - mas mesmo assim sempre nos encontramos no fim da linha, do mesmo jeito, com as mesmas vontades e no mesmo barco. Segundo, que todas nós só pensamos em uma coisa (and I'll leave that to your imagination, thank/fuck you very much). Terceiro, que ela é outra "pessoa a distância" pra mim - vai dizer, isso é maldição, karma ruim, ou pura e simplesmente uma merda?? Bom, percebemos outras coisas também, mas estas não vem ao caso agora.
Pensamento 2: quando não existe opção ou esperança, esperar não é tão fácil não. Nem nobre. E nem vale a pena, eu suponho. Digo "suponho" porque o que eu tenho feito, mesmo sem entender, é esperar. E não entendo mesmo. O pior disso tudo é que minha curiosidade, que sempre mandou em mim, quer entender. E pra entender é preciso parar de esperar e se jogar de cabeça. Mesmo estando a um milímetro desse salto, não pulo - e não sei porque não. Mas quero saber, e o ciclo recomeça. Maldita curiosidade.
Pensamento 3: quero falar tudo na lata porque é assim que penso e todo o resto me irrita. Quero que me falem tudo na lata também porque só assim vou começar a dizer o que penso, o que faço, o que fiz e o que farei. Não posso ser a única pessoa falando tudo como tudo é. Quer dizer, poder eu posso, mas não tenho... a coragem. Ainda, né. Porque, pensando bem, mudei bastante. Até insultei um certo Mr. Shrimp ontem - completamente sóbria - just for the sake of the truth and my honor. E outra coisa - quero conversas cara a cara, não mensagens de texto e posts e scraps e toda essa bagunça confusa que "revolucionou o mundo". Entendo quando um certo alguém me convida pra uma conversa de vídeo (mesmo que na hora nego, pensando em mil e uma obscenidades (?)). Não entendo quando outro certo alguém me manda à procura de seus sentimentos através dos pensamentos de sua amiga. Voltando pro começo desse Pensamento, quero as coisas na lata mesmo! Não suporto esses joguinhos mesmo que participo deles! Lfasjdfk.
Acho que estou 1) ficando maluca, 2) de TPM, 3) em crise de abstinência e 4) precisando sair. Não é nenhum segredo que tenho sede e fome e vício de viver. O mundo é tão mais bonito desse jeito! Millie would agree that the only thing that drives us all is the call of the demented night, waiting to twist up your soul.
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Blame it on the distance!
Mood: annoyed.
Reason: same as ever.
***
Yes, I will explain myself a little better.
(Hahah and I AM utterly aware that nobody asked and that this is actually a random monologue that would be better off locked away in my heart, but...)
Okay, maybe change my mood to "bitter".
ANYWAYS, I am rambling because I wanna write about this despite how repetitive it feels and because I don't know how to start, without simply telling you to flip back to the "If I Fell" entry. Because it's about that same person and because no, I haven't even gotten past my second page in that supposedly-oh-so-powerful autobiographical romance on how a certain Mad-Hatter broke my heart even though he was a billion miles away. And I let him, that's what I did. I fucking let him! Like, I allowed myself to get all vulnerable and dreamy (though, on second thought, I'm dreamy all the time) and hence my current I-wanna-curl-up-and-watch-chick-flicks mood.
I don't make any sense, I know.
What triggered this step back into that place, one might ask? The answer's obvious. Somebody else. Who's also far away (again, not even in the same coutry, though at least this one's in the same continent - I swear it's the accent haha, I'm a sucker for that kinda thing). If I get all Freudian on myself, I can easily point out the reason for my thing for foreigners: when they're far away, I'm allowed to idealize them and to blind myself to the flaws. I'm allowed to fantasize at night (mmm wink wink) and turn them into whatever I want.
Okay, this might as well be the crappiest piece of thoughts EVER, I wonder (again) why, instead of typing them and posting them on the fucking INTERNET for christ's sake, I didn't just let them linger in my heart.
Mr.Shrimp (hahah, fake name fake name) would wisely advise me: "Stop thinking about those losers. Jump into your current hippie-guy's car and go pole-dancing in weed-world. (Pause). On second thought, you and I can do a lot more than that - I guarantee you won't regret it".
Thank whoever's Up There for Mr.Shrimp. And the rest of the suckers who've been rocking the boat with me.
And before this post turns into a bigger disaster, I'll leave off with a Neil Gaiman quote:
“Have you ever been in love? Horrible isn't it? It makes you so vulnerable. It opens your chest and it opens up your heart and it means that someone can get inside you and mess you up. You build up all these defenses, you build up a whole suit of armor, so that nothing can hurt you, then one stupid person, no different from any other stupid person, wanders into your stupid life...You give them a piece of you. They didn't ask for it. They did something dumb one day, like kiss you or smile at you, and then your life isn't your own anymore. Love takes hostages. It gets inside you. It eats you out and leaves you crying in the darkness, so simple a phrase like 'maybe we should be just friends' turns into a glass splinter working its way into your heart. It hurts. Not just in the imagination. Not just in the mind. It's a soul-hurt, a real gets-inside-you-and-rips-you-apart pain. I hate love.”
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Reason: same as ever.
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Yes, I will explain myself a little better.
(Hahah and I AM utterly aware that nobody asked and that this is actually a random monologue that would be better off locked away in my heart, but...)
Okay, maybe change my mood to "bitter".
ANYWAYS, I am rambling because I wanna write about this despite how repetitive it feels and because I don't know how to start, without simply telling you to flip back to the "If I Fell" entry. Because it's about that same person and because no, I haven't even gotten past my second page in that supposedly-oh-so-powerful autobiographical romance on how a certain Mad-Hatter broke my heart even though he was a billion miles away. And I let him, that's what I did. I fucking let him! Like, I allowed myself to get all vulnerable and dreamy (though, on second thought, I'm dreamy all the time) and hence my current I-wanna-curl-up-and-watch-chick-flicks mood.
I don't make any sense, I know.
What triggered this step back into that place, one might ask? The answer's obvious. Somebody else. Who's also far away (again, not even in the same coutry, though at least this one's in the same continent - I swear it's the accent haha, I'm a sucker for that kinda thing). If I get all Freudian on myself, I can easily point out the reason for my thing for foreigners: when they're far away, I'm allowed to idealize them and to blind myself to the flaws. I'm allowed to fantasize at night (mmm wink wink) and turn them into whatever I want.
Okay, this might as well be the crappiest piece of thoughts EVER, I wonder (again) why, instead of typing them and posting them on the fucking INTERNET for christ's sake, I didn't just let them linger in my heart.
Mr.Shrimp (hahah, fake name fake name) would wisely advise me: "Stop thinking about those losers. Jump into your current hippie-guy's car and go pole-dancing in weed-world. (Pause). On second thought, you and I can do a lot more than that - I guarantee you won't regret it".
Thank whoever's Up There for Mr.Shrimp. And the rest of the suckers who've been rocking the boat with me.
And before this post turns into a bigger disaster, I'll leave off with a Neil Gaiman quote:
“Have you ever been in love? Horrible isn't it? It makes you so vulnerable. It opens your chest and it opens up your heart and it means that someone can get inside you and mess you up. You build up all these defenses, you build up a whole suit of armor, so that nothing can hurt you, then one stupid person, no different from any other stupid person, wanders into your stupid life...You give them a piece of you. They didn't ask for it. They did something dumb one day, like kiss you or smile at you, and then your life isn't your own anymore. Love takes hostages. It gets inside you. It eats you out and leaves you crying in the darkness, so simple a phrase like 'maybe we should be just friends' turns into a glass splinter working its way into your heart. It hurts. Not just in the imagination. Not just in the mind. It's a soul-hurt, a real gets-inside-you-and-rips-you-apart pain. I hate love.”
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Monday, September 14, 2009
"Confesso que Vivi"
Okay, looks like I've got billions of things to apologize for. I'm not a big fan of apologies, especially in this case, when none of what I did was wrong. But, since I am living in the real world and not in my mind, and since I am no hippie (so that excuse is taken), and since this is the conventional society that seems to demand an excuse for every single accidental laughter that breaks the silence, here's my excuse for it all: I'm alive and young and careless so all I breathe and all my heart beats for are exactly those moments of "tipsyness" and smiles and long stares and hiccups and fights and peace-signs and angry middle-fingers and kisses and tugs and bites and truths and lies and laughter and repression and jumping and kicking and stumbling and bleeding and hugging and then finally falling asleep. The rest, my friend, is history.
Now if I've seriously offended anyone in doing any of that, well, no apology for you. Because I am sorry, deep inside - sorry you missed out on the fun; sorry you weren't able to see the cup half-full; sorry you were such a pain in the ass. Because hey, after living a life like mine and reaching that point when you're so happy you couldn't care less, apologies start to look a little... morose. And that's the last thing I care about at the moment.
I feel like this is the never ending climax of the whole thing - I've done all I had to do in order to get smart enough for life (from being the best student in the class, to hanging out with all the wrong people, to getting into all the colleges I wanted, to taking a pole dancing course in Vegas, to letting it all go in New Year's, to starting over for the millionth time, to a backpacking trip all over Europe...) and now I can allow myself to actually play around with it. With life, I mean. And I do feel like walking the world, still, because that's what we're all here for. To play and to laugh and to walk the world and then die being able to leave a note with three words of triumph: "confesso que vivi".
Muchas gracias, Pablo Neruda. You're next on my list.
*
Now if I've seriously offended anyone in doing any of that, well, no apology for you. Because I am sorry, deep inside - sorry you missed out on the fun; sorry you weren't able to see the cup half-full; sorry you were such a pain in the ass. Because hey, after living a life like mine and reaching that point when you're so happy you couldn't care less, apologies start to look a little... morose. And that's the last thing I care about at the moment.
I feel like this is the never ending climax of the whole thing - I've done all I had to do in order to get smart enough for life (from being the best student in the class, to hanging out with all the wrong people, to getting into all the colleges I wanted, to taking a pole dancing course in Vegas, to letting it all go in New Year's, to starting over for the millionth time, to a backpacking trip all over Europe...) and now I can allow myself to actually play around with it. With life, I mean. And I do feel like walking the world, still, because that's what we're all here for. To play and to laugh and to walk the world and then die being able to leave a note with three words of triumph: "confesso que vivi".
Muchas gracias, Pablo Neruda. You're next on my list.
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