Monday, February 14, 2011

Valentine's Day

Eu não ESTOU apaixonada por você. Eu SOU apaixonada por você - a diferença entre os dois sendo o sentido de atemporiedade, de infinita durabilidade. Não é algo momentâneo. Não é um estado de espírito passageiro. E definitivamente não é só mais uma das minhas instáveis mudanças de humor.

O que eu sinto por você está mais para condição, no sentido de que faz parte da minha existência. Faz parte da profundidade do meu ser, do meu viver, do meu respirar. E é assustador.

Sou, por natureza, a pessoa mais medrosa do universo, eu sei. Até de peixe eu tenho medo! Peixe, trovão, filmes de terror de quinta categoria - COM a Megan Fox, mas whatever ;)

Mas o que me assusta de verdade, em relação a tudo isso, é o fato de que a cura para todas essas minhas fobiazinhas... é você.

Happy Valentine's Day! Te amo :*:

PS- Fui dormir ontem e percebi que agora eu não só durmo com um travesseiro no rosto, mas também com um colado no corpo, tipo abraçada. Até mesmo meu subconsciente sonolento quer você na minha cama SUA LINDA :)

PPS- Escuta. Green Eyes, do Coldplay.


*

Sunday, February 13, 2011

Aviso: Não Ler Esse Post.

"Que final de semana foi esse?"
Normalmente essa frase é usada depois do melhor finde ever.
Estou exausta. Queria poder estar de ressaca. Queria poder estar com os pés doendo do salto. Queria poder estar com o corpo dolorido da balada de ontem.

Mas simplesmente estou cansada psicologicamente.

Não aguento mais carregar pesos que não são meus.
Não aguento mais ouvir palavras que mais tarde são "apagadas do histórico" como se nem tivessem me machucado.
Não aguento mais ser tratada como insuficiente.
Não aguento mais cenas de filmes tristes.
Não aguento mais olhar pra camiseta rosa de coelhinho dela cheia de lágrimas. Ou pra fivelinha torta no cabelo dela só porque ninguém arruma. Ou pro rostinho dela vermelho, quente e cansado - igual ao meu. Ou pras mãozinhas dela pedindo um abraço e a mãe dela virando as costas.
Não aguento mais pensar que cheguei no fundo do poço e achar que amanhã tudo vai melhorar. Porque, do mesmo jeito que acho que amanhã não vou chorar, amanhã não melhora. Amanhã eu ainda choro.

Eu sou reclamona, eu sei. Eu até gosto de reclamar das coisas bobas - das músicas do rádio, das roupas de tal pessoa, da situação pós-revolução no Egito, you name it. Mas sinto que ultimamente, não tenho nem dois minutos de paz pra poder reclamar das coisas bobas. E isso cansa - e muito.

Não sou assim, normalmente. E por "assim" quero dizer triste. Li uma frase uma vez que achei muito tosca, na hora: "entre ser feliz e ser triste, eu prefiro ser feliz". Durr, é lógico que eu prefiro ser feliz. Mas depois fiquei pensando nisso... e cheguei a conclusão de que não, não é nada tosca. Eu realmente sou do tipo de pessoa que prefere ser feliz. Não gosto de chegar nos lugares com cara fechada e meus sentimentos carimbados no meu rosto. Eu mesma já não suporto me sentir assim por dentro, então não tem porque transpor isso pra fora. Eu saio exatamente pra não pensar em tudo isso, portanto deixo minhas tristezas em casa. Assim, evito contagiar os outros com sentimentos negativos - e desse jeito, escolho ser feliz.

Mas escolher ser feliz não basta. Lógico, ajuda muito. Escolher ser feliz só traz coisas boas e te leva pra caminhos do bem. É só que as vezes a vida te deixa tão pra baixo que nem forças pra fazer essa escolha você tem. Queria poder realmente ser feliz, no sentido de permanentemente.

Eu sei, ninguém é permanentemente feliz. Nem quero isso, gosto do jeito irritantemente reclamão que sou. O que eu peço é o direito de poder deixar um pouco desse peso pra trás. O direito de poder chegar em casa e me sentir em casa. O direito de poder reclamar das coisas bobas, e não das dolorosas.

Argh. Odeio post tristes assim. Quero posts minimamente divertidos - no mínimo tragicômicos. Esse é simplesmente deprimente. Não leiam. Pluft, voltei ao normal, to sorrindo, essas lágrimas são de felicidade, qual é a boa de hoje, cadê cerveja?

Bem que eu queria poder ser assim o tempo todo.

*

Tuesday, February 1, 2011

Outro post sobre saudade...

... mas outro tipo. O tipo que machuca. O tipo que eu não quero sentir. O tipo que dá raiva. O tipo que me deixa mole e sem vontade, deitada na cama olhando pro teto com vontade de nunca mais sair dali. O tipo que dói, que arde, que corrói.

Odeio esse tipo de saudade, mas ela existe. Excessivamente, ela existe.

Tenho saudade dela me pondo pra dormir. Eu, com minha mãozinha de criança, segurava a manga do pijama dela com tanta força que meus dedinhos ficavam brancos, mas mesmo assim eu não largava. Até adormecer. E só então ela ia embora. Hoje em dia ela vai embora - ou então nem aparece - com tanta frequência que eu fico lá, procurando a manga do pijama, sem saber que rumo tomar.

Tenho saudade do estúdio dela. Do cheiro das tintas, dos panos sujos, das telas em branco, do avental dela pendurado no banquinho. Das tardes que passavamos juntas, ela fazendo arte e eu fazendo bagunça. E ela deixava, porque sabia que pintar fora das linhas faz parte.

Tenho saudade de fazer a coisa mais idiota do mundo e ela achar graça ao invés de brigar. Tipo aquele dia que eu peguei uma cadeira de praia que achei na rua e coloquei na varanda. Fiz limonada, coloquei o óculos de sol mais ridículo do mundo e pintei minha cara tipo índio, com protetor solar, e fiquei lá até ela chegar. Quando ela chegou, ela nem ligou pra cadeira. Que estava toda enferrujada, rasgada e suja, by the way. Ela veio correndo me dar AQUELE abraço, com AQUELE sorriso, e o mundo podia acabar que eu nem ia ligar.

E hoje em dia, quando o mundo parece que vai acabar DIARIAMENTE... ela não está lá pra sorrir ou pra me abraçar. Ela não está lá pra me deixar fazer bagunça com as tintas dela. Ela não está lá pra me por pra dormir. Ela simplesmente nunca está lá.

Eu fico triste.

*