Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.

"O que os olhos não vêem, o coração não sente."
Eu nunca sei o que pensar dessa frase.
Já falei sobre ela antes, sobre como é mentira... porque saudade é exatamente isso: não ver e sentir. Sentir falta.
Mas hoje, apesar de estar morrendo de saudades de tudo e de todos, to pensando em outra coisa.
Não sei se quero ou não saber de certas coisas da vida de certas pessoas. Por um lado eu NÃO QUERO, porque percebi que sou (secretamente) muito mais ciumenta do que eu digo ser. Eu te digo que quero te ver feliz, e realmente quero. Mas não me conta que ela é linda. Não me conta que ela faz melhor. Não me conta que com ela você ri muito mais. Não me conta dela, ponto final fixo. Porque eu vou sorrir, fazer piadinha, ficar "feliz" por você e agir perfeitamente normal... na hora. Mas todo mundo volta pra casa no fim do dia. Todo mundo diz "tchau, até depois" e vai embora só. Todo mundo dorme sozinho, mesmo dividindo a cama com outra pessoa. E eu tenho MUITO medo desse(s) momento(s), apesar de gostar de ficar sozinha.
E é exatamente por isso que estou pensando sobre essa frase hoje. "O que os olhos não vêem, o coração não sente".
Eu descobri que QUERO sentir. Sempre. Quero sentir tudo. E todos. Quero rir, quero chorar, quero fazer loucuras, quero ser pega no flagra, quero ter meus segredos, quero me ferrar, quero ganhar, quero perder, quero amar, quero tudo tudo TUDO. Eu. Quero. Sentir. Ponto final fixo.
Ou então eu só sou curiosa e não resisto perguntar. Se ela é linda. Se ela faz melhor. Se ela te faz rir. Não quero sofrer. Mas quero saber. Puta contradição, mas fazer o que?
Então me conta. E vê se não apronta?
*

Prazer, sou toda errada.

Prazer, sou toda errada.
Eu bebo.
Eu fumo.
Eu fico na rua até tarde. Ou cedo, dependendo do ponto de vista.
Eu durmo até não poder mais.
Eu não trabalho.
Eu sou absolutamente retardada com números.
Eu amo a Rua Augusta;
Eu sou egocêntrica.
Eu preciso de atenção.
Eu faço besteiras. De todos os tipos.
Eu sou estressadinha.
Eu sou irresponsável.
Eu durmo de maquiagem. As vezes.
Eu gosto de meninas. Até demais.
Eu ando na chuva mesmo resfriada.
Eu sou tarada por óculos Ray Ban.
Eu tenho preguiça de dia e fico inquieta de noite.
Eu dirijo bêbada.
Eu bebo dirigindo.
Eu to nem aí pra o que pensam de mim.
Eu ligo demais pra o que pensam de mim.
Eu minto.
Eu invento.
Eu fantasio.
Eu falo demais nas horas erradas.
Eu falo pouco nas horas erradas.
Eu falo nas horas erradas, ponto final.
Eu enrolo.
Eu sou indecisa.
Eu sou teimosa.
Eu sumo.
Eu assumo.
Eu gasto demais.
Eu como besteira.
Eu falo muito "eu".
Eu sou distraída.
Eu não sei o que quero.
Eu não sei o que não quero.
Eu tenho a pior TPM ever.
Eu tenho problemas com minha mãe (hahaha).
Eu sofro por amor.
Eu sofro por ódio.
Eu sofro por tudo.
Eu não sofro o suficiente por nada.
Eu sou inconsequente.

Quer me amar?

*

Post X

Não sei o que escrever, só sei que quero. Não só quero, mas preciso.
E não consigo!
Ai ai.
Acho que hoje, o máximo que rola é um "ctrl c" "ctrl v" básico da Tati Bernardi. Apaixonei! Todos os livros dela estão no meu wish list de Natal, by the way :)

"(...) Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. Amor não se pede, é uma pena. (...)É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. (...)Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe."

"Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz."

"...Aí ele chega, tão lindo. E vai embora, tão feio. E liga, tão bobo. E some, tão especial. E eu morro, ainda que não ligue a mínima. E eu não tô nem aí, ainda que pense o tempo todo em não estar nem aí."

"Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing. Gostar aos poucos, gostar analisando, gostar duas vezes por semana, gostar até as duas e dezoito. Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar. Gostar é essa besta desenfreada mesmo. E não tem pensar. E arrepia o corpo inteiro, mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar. Eu eu gosto de você porque gostar não faz sentido."

*