Tuesday, October 20, 2009

Regados Por Cerveja

Quem? O que? Meus pensamentos? Os conselhos que ouvi? Os que eu dei?

Tudo.

Bem que falei que escrever alegre era mais... gostoso. Tudo flui. Flui.
(Nota-se que estou me divertindo com a pronunciação das palavras - em pensamento. Que beleza!)

Algumas conclusões (e introduções também, já que todo final de uma boa discussão é também o começo de uma novinha em folha):

-Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado (aka Mad Hatter, Heartbreaker, take your pick) não merece nem minha aversão à músicas de fossa. Porque "Crying" do Aerosmith é sim uma das minhas favoritas, e nem a pau que vou abrir mão disso por ele - ou qualquer um, for that matter. Ok, talvez pelo Steven Tyler já que com ele a coisa vira 2-em-1... mas todos nós sabemos que o cara em questão não é nenhum Steven. Mas estou fugindo do assunto. ANYWAYS, decidi que não desisti. Decidi que acredito sim nessa coisa de realmente gostar de alguém, ao contrário do resto do mundo. É uma coisa meio "been there, done that": experimentei o oposto (extensively, for that matter) e não gostei. Ok, talvez eu tenha gostado um pouquinho... ou até bastante. Convenhamos, é sim divertido. Mas nesse caso, o que importa não é o quanto eu gostei e sim o quanto eu me identifiquei - nada. Por isso achei melhor continuar do jeito que sou, sempre sonhando e olhando pras nuvens em busca de um tantinho assim de integridade e respeito. (dreamer/ stupid little dreamer/ so now you put your head in your hands, oh no! etc.)

- ...o que nos leva à questão da verdade. Quero a verdade, a quero muito! Mas não posso sair por aí e chegar nas pessoas "oi, tudo bem, você é de verdade?". Poder eu posso, mas nem tenho a cara de fazer isso. Não tanto pela vergonha (ok, talvez também pela vergonha) mas mais porque ninguém entenderia. Todo mundo acharia que eu estava falando literalmente, quando na verdade não – como sempre. Ninguém entende o meu sarcasmo quando estou brincando, imagina quando falo sério! No fundo é isso que eu quero – poder falar sério. Hoje em dia tudo é muito tipo “e aê cara, conseguiu o VIP da balada?” e eu, como garotinha da FAAP (cantem Seu Jorge quanto quiserem, já to imune e nem ligo :p), convivo com isso toda hora e também tenho meus momentos; afinal, saber quem tem VIP é algo de importância nacional em alguns casos (big flashing lights: aqui estou sendo sarcástica). ANYWAYS, quero também meus momentos de “cogito ergo sum” e coisas do tipo, nem que seja só às vezes. Porque eu penso sim, e logo existo! Juro, acho que a única coisa que me mantém sã é pensar... Pensando bem, talvez seja a única coisa que não me mantém sã, já que a sanidade, como todos sabem, é um produto da imaginação racional dos Caras Chatos – ou seja, não existe. Ninguém é são.

-Outra coisa que não existe é o tempo - e isso me irrita pra caramba. Tipo, o que é o tempo quando na verdade a nossa vida é contínua? Ela não para nem pro relógio, é o que eu quero (e tento, quase sempre em vão) dizer. O que são sete horas da manhã, quando pra você é o fim da noite? O que são nove e meia da manhã, quando você está com sede de cerveja? Quem são seus pais ou o cara do boteco pra dizer que é muito tarde ou que não se serve bebida a essa hora? O que é tarde e o que é essa hora? Se essas horas não servem, qual hora vai servir? Se não sabemos quando vamos morrer, porque vamos nos preocupar com o “quando” das coisas de agora? Sim, não podemos despirocar total. Porque aí a verdade se perde – e isso também me irrita (notem que “poder” depende do que me irrita; notem também que muitas coisas me irritam). Conclusão: faça o que tiver vontade quando tiver vontade; normalmente esse “quando” é o tanto de responsabilidade anti-despirocamento que você precisa.

Sleep it off, love. Sleep it off. Vou seguir os conselhos a-la-Millie. There’s nothing a hot bath won’t cure. Nem uma crise de perda de esperança pela raça humana, um coração arrebentado à distância, ou uma ressaca maluca da única coisa que tem matado minha sede.

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