Saturday, October 24, 2015

Vertigo

"Anyone whose goal is 'something higher' must expect someday to suffer vertigo. What is vertigo? Fear of falling? No, Vertigo is something other than fear of falling. It is the voice of the emptiness below us which tempts and lures us, it is the desire to fall, against which, terrified, we defend ourselves.”

Movie titles and book names such as "Melancholia" and "Tristesse" have always fascinated me. I'm not the depressive type. Actually, far from that. But I'm the kind that appreciates the beauty in Lana Del Rey's lyrics rather than thinks it's music to slits your wrists to. 

My latest fascination has been the Milan Kundera passage above and the concept of vertigo in general. It won't stop haunting me and luring me to the depths of my thoughts, beckoning me to let go and free fall. My mind plays these tricks on me, it always has. My mind, pardon the language, has always managed to fuck me up. 

I used to think that being the dreamer was the best thing about me. My best quality, if you will. But being the dreamer, at least lately, has only fucked me up. 

As I lit a cigarette today for the first time in ages and felt the familiar rush inside of me as I watched it burn, I felt so simultaneously beautiful and fragile. I can always count on it to make me feel this way. Melancholia and Tristesse do indeed arise every time I do it. And I guess, for the first time, I can clearly see that the Dreamer has never been my main companion. It has always been the other two.

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Sunday, May 10, 2015

There and back again :)

Sometimes it's hard to remember where to look when you're trying to figure out what really matters. We are always so busy multitasking because, in theory, you're supposed to live a full life - get busy with highly-demanding job, worry about where you're investing your money, think about kids, think about what you're buying next, worry about your plans for the evening. They say the busier you are, the happier and more fulfilled you'll feel at the end of the day. We check our phones every five seconds and we love being needed by others - friends, family, coworkers. It's like a constant noise in the background; a gigantic house with endless rooms full of clutter. 

I want to write again to start making some sense out of this. Not just to fill my mind with more incessant thoughts about the meaning of life, but to actually deconstruct it. Silence the noise, remove the clutter. I'm running into a lot of indicators regarding what the source of my restlessness might be - the speech about Mindfullness, the Headspace app, the conversations with the person I love the most about my phone addiction and lack of focus. I was always so busy dreaming and daydreaming about my future and what my life would be like when I was young and now that I'm everything I always dreamed of, I'm having a hard time taking a moment to appreciate the present. It pains me to know that I used to spend hours imagining this and now I spend hours living it with my mind elsewhere.

I am a daydreamer and have always been. I used to be worried about living too much in my mind and not enough in the real, exterior world. Now it's the opposite - life is getting in the way of my thoughts and I feel helpless trying to absorb it. 

At the moment words are slipping from my mind; writing is not as fluid and natural to me as it was before, but I hope to change that with this new start. I still get emails from online writing forums I used to actively participate in - people asking me to continue my stories and stuff. I'm so proud of those emails and yet I never do what they ask. I need to stop taking pride in only stories of my past and start making up some new ones.

This is not the last you'll hear from me; I most certainly am glad to be back.

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Wednesday, February 5, 2014

Convite

Sinto lhe informar que nada levaremos desse mundo para o próximo. Os centavos e centenas que economiza entre hoje e o fim não têm a mesma utilidade dos cremes anti-idade que usa para retardar a velhice. Contradidório, isso - você economiza em momentos e sentimentos para gastar em artifícios prolongadores da juventude. De que adianta? Viver por mais tempo do que nós, meros mortais, e viver mais bela do que nós, tão feios e pobres ao seu ver?

Faço-lhe um convite para essa vidinha medíocre que levo; essa vidinha tão simples e desprovida de grandes acontecimentos, composta apenas por sorrisos e ternura e abraços e risadas. Essa vidinha ridícula na qual minha maior alegria é um prato feito num boteco e uma cervejinha gelada servida naqueles copos sujos de bar que tanto te afligem.

Faço-lhe um convite para minha solidão compartilhada. Um convite para as lágrimas, para as aflições, para os choros e para a dor. Faço-lhe este convite ciente de que de nada nele te apetece, mas insisto pois são estes os momentos e sentimentos que carregarás após o fim.

Faço-lhe um convite para o amor verdadeiro. Não aquele que aparece no cinema e na televisão. Não aquele que te proíbe de cortar as unhas dos pés na frente do outro e que te constrange de comer um temaki sem fazer sujeira. Meu convite é para o amor companheiro, o amor que segura o cabelo das amigas no banheiro da balada e que ri da cara da namorada por ter alga presa nos dentes no restaurante japonês. Meu convite é para o amor que não se importa em dividir a conta em um primeiro encontro. O amor que une em botecos, sarjetas e nasceres do sol na Rua Augusta.

Este meu convite não tem data de validade e nem discrimina por aparência ou idade. Quero ao meu lado os feios e os belos; os que sentem dor quando caem e os que vibram quando se levantam. Os que são tão ricos, mas tão ricos, que não sabem onde mais investir seus sorrisos e gargalhadas, e passam a compartilhar sua fortuna com os que têm apenas dinheiro. 

Venha trajada como quiser, apenas peço que dispa-se de suas máscaras. Venha preparada para  sujar os pés na lama e para dormir na beira do lago no gramado úmido e "anti-higiênico". Esperaremos-te lá, juntos em nossa solidão compartilhada - pois ao contrário do que pensas, é apenas isto que nos restará quando o fim se aproximar. 

Tuesday, July 16, 2013

My first large publication

I'm very proud to announce my very first publication on an international and quite well know blog, Autostraddle.com :)

I must confess I've been doing some (lots of) shameless self-promoting ever since it came out. Why not bring it here?

CLICK HERE for rainbows.

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Monday, July 15, 2013

cattle-like humans

"Escolha uma vida. Escolha um emprego. Escolha uma carreira – escolha uma família! Escolha a porra de uma TV grande! Escolha uma máquina de lavar, carros, discman, abridora de latas eletrônico. Escolha uma boa saúde, baixo colesterol, plano de saúde dentária. Escolha parcelas fixas para pagar. Escolha uma casa – escolha seus amigos! Escolha roupas, acessórios. Escolha um terno feito do melhor tecido. Escolha bater uma punheta num domingo de manhã pensando nessa merda de vida. Escolha sentar no sofá pra ficar vendo programas de auditório. Comer um monte de porcaria e acabar apodrecendo. E no fim do caminho escolha uma família e filhos que vão se envergonhar de você por causa desse sentimento egoísta de que você o pôs no mundo pra substituí-lo. Escolha o seu futuro. Escolha a vida.

Por que eu iria querer algo assim?

Eu escolhi ‘não escolher a vida’. Eu escolhi uma outra coisa.

E os motivos? Não há motivos."

via trainspotting

Wednesday, July 10, 2013

High School Reunion

Reading this blog after so long is like returning to your birth city and finding it's become a ghost town. Contradictorily enough, it's not empty at all, but populated by the aforementioned ghosts - ghosts that had haunted you in person in the old days and that have morphed into monuments of sorts now, just lingering there stiffly as rock figures to remind you of how your life used to be. 

I must say, I did have a pretty cool life. I now talk about it with pride and every single detail of my past seems to build up the pedestal on which I now stand, head held high and a smile on my face. I used to worry so much about not being as alive as I wanted to and reading about my teenage adventures now is absolutely hilarious. 

I worried about being forgotten; I worried about not being enough. But based on the old comments I read on some of my most polemic topics only makes me realize that I was not nearly as much of a wallflower as I imagined. It's so weird to now look back and understand the mentality of the authors of the mean comments! It's so weird to read what I wrote back then and let out the widest range of reactions, from embarrassed to proud. It's so weird to be here again. 

I keep wondering what those people would think now. My journey through high school would have been a lot more interesting if I posted about my current adventures. If people thought my silly teenage stories were as wild as they did (based on their outraged comments), who knows what they would think about my life now! I guess I feel some sort of nostalgic love for my bullies. They were as innocent and scared as I was, I now notice. 

I also wonder if I should have left. Wordpress does have more than a few advantages, in my opinion, but rediscovering this has made me think twice. Might this be a first step towards a return?

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Sunday, September 2, 2012

Morar com os pais

... é ter que dormir DOMINGO a tarde com um livro e o óculos na cama, pra sua mãe pensar que estava estudando tanto que pegou no sono e não te xingar de preguiçosa pela décima vez essa semana, sendo que durante a semana você trabalha E faz faculdade até as onze da noite.
... é levar bronca por não guardar a caixa de compras de supermercado que sua mãe separou antes de viajar, porque achava que ela tinha separado aquelas coisas especificamente para a viagem ou para algum evento no trabalho dela, como ela costuma fazer, e ao pedir desculpas levar uma outra bronca por ser uma pessoa fraca que se desculpa demais.
... é sua mãe reclamar que você NÃO comeu as bananas que estavam na fruteira, porque agora elas ficaram velhas e vão ser jogadas fora. Você só não as comeu, apesar de ter cogitado, porque sabe que sua mãe gosta mais do que você e provavelmente chegaria de viagem com fome.
... é pedirem pra você começar a descongelar o jantar e depois ser chamada de retardada por ter tirado dois fondues do congelador ao invés de um. Sua mãe estava chegando de viagem com sua irmã e duas amigas dela e não especificou quem jantaria em casa. Uma caixa de fondue dá para duas pessoas, realmente que falta de consideração não adivinhar que as amigas não jantariam aqui hoje.
... é lavar toda a louça, inclusive a que deixaram suja antes de viajarem, pra depois ouvi que não fiz mais que minha obrigação (nota: não me gabei de ter lavado nada, nem sequer mencionei isso - minha mãe viu a louça limpa no escorredor e me veio com esse "elogio" de repente).
... é levar bronca por não saber responder se sua namorada gostou mais do bolo A ou do bolo B. Você responde que ela comeu um pedaço de cada e que gostou dos dois e sua mãe entra na defensiva, falando que só queria saber qual comprar próxima vez e te chama de mal educada e sarcástica por responder "feio". Oi?!

Tudo isso em menos de sete minutos de convivência depois de um final de semana sozinha em casa.
Puxa vida, mamãe, como senti sua falta!

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